O Alcázar de Segóvia ou Alcácer de Segóvia é um palácio fortificado em pedra, localizado na cidade velha de Segóvia, na Espanha. Erguido em posição dominante sobre um penhasco rochoso na confluência dos rios Eresma e Clamores, próximo das montanhas de Guadarrama, é um dos mais distintos castelos-palácios em Espanha em virtude da sua forma – como a proa de um navio. O alcácer foi inicialmente construído como uma fortaleza, mas serviu, desde então, como palácio real, prisão do estado, Colégio Real de Artilharia e academia militar.
HISTÓRIA
Como muitas outras fortificações na Espanha, o alcázar teve as suas origens em uma fortificação islâmica que não existe mais. Sua primeira construção foi em 1122, 34 anos depois da reconquista de Segóvia pelo Reino de Leão (durante o período em que Afonso VI de Leão reconquistou terras para sul do rio Douro até Toledo e mais além). Ao longo dos séculos, foi renovado e ampliado várias vezes, e seu perfil atual é graças a Felipe II de Espanha. No entanto, evidências arqueológicas sugerem que o sítio deste alcázar já fôra usado no tempo dos romanos como fortificação. esta teoria é substancializada pela presença do famoso aqueduto romano de Segóvia.
Não se conhece a forma do alcázar até ao reinado de Afonso VIII de Castela (1155–1214), embora documentação antiga mencione uma paliçada de madeira. Pode, por isso, concluir-se que antes do reinado de Afonso VIII, o alcázar não passava de um forte de madeira construído sobre as velhas fundações romanas. Afonso VIII e a sua esposa, Leonor Plantageneta, fizeram do Alcázar de Segóvia a sua principal residência, tendo sido empreendidos trabalhos para erguer o início da fortificação de pedra que pode ver-se atualmente.
Alcázar visto de baixo
O Alcázar de Segovia permaneceu, ao longo da Idade Média, como uma das residências favoritas dos monarcas do Reino de Castela e fortaleza chave na defesa do reino. Foi durante este período que a maior parte do actual edifício foi construída, tendo o palácio sido ampliado em larga escala pelos monarcas da Dinastia de Trastâmara.
Em 1258, partes do alcázar tiveram que ser reconstruídas pelo rei Afonso X de Leão e Castela depois de um desmoronamento e, em breve, seria construída a Galeria dos Reis para alojar o Parlamento. No entanto, a maior contribuição individual para a construção contínua do alcázar foi dada pelo rei João II, o qual construiu a "Torre Nova" (a Torre João II como é conhecida atualmente).
Em 1474, o alcázar desempenhou um importante papel na elevação da rainha Isabel I de Castela. No dia 12 de dezembro, chegou a Segóvia a notícia da morte do rei Henrique IV em Madrid e Isabel refugiou-se imediatamente no interior das muralhas do Alcázar de Segóvia, onde recebeu apoio de Andres Cabrera e do conselho da cidade. Foi coroada no dia seguinte como rainha de Castela e Leão. Foi também aí que casou com Fernando II de Aragão.
Torre de João II no Alcázar de Segóvia
A renovação de relevo que se seguiu foi conduzida pelo rei Filipe II depois do seu casamento com Ana da Áustria. Este monarca adicionou os afiados pináculos de ardósia para refletir os castelos da Europa Central. Em 1587, o arquiteto Francisco de Morar completou o jardim principal e as áreas de Escola de Honra do castelo.
A Corte Real mudou-se mais tarde para Madrid e o alcázar passou a servir como prisão do estado, funções que desempenharia por quase dois séculos, até o rei Carlos III fundar a Real Escola de Artilharia, em 1762. Teve esta nova utilização durante cem anos, até ao dia 6 de março de 1862, quando um incêndio danificou severamente os telhados e a estrutura.
Somente em 1882 é que o edifício começaria lentamente a ser restaurado para o seu estado original. Em 1896, o rei Afonso XIII ordenou que o alcázar fosse cedido ao Ministério da Guerra para servir de colégio militar.
Em 1931, o edifício foi declarado monumento histórico artístico. No ano de 1953 foi criado o patronato do alcázar, entidade responsável pelo museu que se pode visitar no seu interior. Atualmente, o alcázar permanece como um dos mais populares lugares históricos da Espanha, sendo uma das três principais atrações turísticas de Segóvia. Entre as salas mais notáveis encontram-se a Galeria dos Ajimeces, a qual contém muitas obras de arte, a Sala do Trono e a Galeria dos Reis, com um friso representando todos os Reis e Rainhas espanhóis desde Pelágio das Astúrias até Joana, a Louca depois de se mudar para o Palácio Real de Madrid.
ARQUITETURA
A distribuição do alcázar articula-se em duas áreas:Não se conhece a forma do alcázar até ao reinado de Afonso VIII de Castela (1155–1214), embora documentação antiga mencione uma paliçada de madeira. Pode, por isso, concluir-se que antes do reinado de Afonso VIII, o alcázar não passava de um forte de madeira construído sobre as velhas fundações romanas. Afonso VIII e a sua esposa, Leonor Plantageneta, fizeram do Alcázar de Segóvia a sua principal residência, tendo sido empreendidos trabalhos para erguer o início da fortificação de pedra que pode ver-se atualmente.
Alcázar visto de baixo
O Alcázar de Segovia permaneceu, ao longo da Idade Média, como uma das residências favoritas dos monarcas do Reino de Castela e fortaleza chave na defesa do reino. Foi durante este período que a maior parte do actual edifício foi construída, tendo o palácio sido ampliado em larga escala pelos monarcas da Dinastia de Trastâmara.
Em 1258, partes do alcázar tiveram que ser reconstruídas pelo rei Afonso X de Leão e Castela depois de um desmoronamento e, em breve, seria construída a Galeria dos Reis para alojar o Parlamento. No entanto, a maior contribuição individual para a construção contínua do alcázar foi dada pelo rei João II, o qual construiu a "Torre Nova" (a Torre João II como é conhecida atualmente).
Em 1474, o alcázar desempenhou um importante papel na elevação da rainha Isabel I de Castela. No dia 12 de dezembro, chegou a Segóvia a notícia da morte do rei Henrique IV em Madrid e Isabel refugiou-se imediatamente no interior das muralhas do Alcázar de Segóvia, onde recebeu apoio de Andres Cabrera e do conselho da cidade. Foi coroada no dia seguinte como rainha de Castela e Leão. Foi também aí que casou com Fernando II de Aragão.
Torre de João II no Alcázar de Segóvia
A renovação de relevo que se seguiu foi conduzida pelo rei Filipe II depois do seu casamento com Ana da Áustria. Este monarca adicionou os afiados pináculos de ardósia para refletir os castelos da Europa Central. Em 1587, o arquiteto Francisco de Morar completou o jardim principal e as áreas de Escola de Honra do castelo.
A Corte Real mudou-se mais tarde para Madrid e o alcázar passou a servir como prisão do estado, funções que desempenharia por quase dois séculos, até o rei Carlos III fundar a Real Escola de Artilharia, em 1762. Teve esta nova utilização durante cem anos, até ao dia 6 de março de 1862, quando um incêndio danificou severamente os telhados e a estrutura.
Somente em 1882 é que o edifício começaria lentamente a ser restaurado para o seu estado original. Em 1896, o rei Afonso XIII ordenou que o alcázar fosse cedido ao Ministério da Guerra para servir de colégio militar.
Em 1931, o edifício foi declarado monumento histórico artístico. No ano de 1953 foi criado o patronato do alcázar, entidade responsável pelo museu que se pode visitar no seu interior. Atualmente, o alcázar permanece como um dos mais populares lugares históricos da Espanha, sendo uma das três principais atrações turísticas de Segóvia. Entre as salas mais notáveis encontram-se a Galeria dos Ajimeces, a qual contém muitas obras de arte, a Sala do Trono e a Galeria dos Reis, com um friso representando todos os Reis e Rainhas espanhóis desde Pelágio das Astúrias até Joana, a Louca depois de se mudar para o Palácio Real de Madrid.
ARQUITETURA
-a exterior, com um pátio herreriano, fosso, ponte levadiça e a torre de menagem;
-as dependências interiores que incluem uma capela e várias salas nobres (Sala do Trono, Sala da Galera, Sala das Pinhas, Sala dos Reis, etc.), as quais podem ser visitadas pelo público.
A sua planta é muito irregular, adaptando-se à elevação sobre a qual o conjunto se ergue. Nela se destaca a bela torre de menagem, quadrada com quatro torreões, aposento recoberto por uma abóbada de canhão apontada e possuindo janelas geminadas. Foi levantada por João II de Castela e inicialmente serviu como sala de armas.
No interior, os salões e aposentos foram decorados com grande luxo e beleza por pintores e artistas mudéjares. Atualmente alberga um Museu de Armas e Arquivo Militar.
Formatação: Helio Rubiales